Aventura de um náufrago perdido numa ilha deserta em 1.719. Este é o meu nome. Nasci na velha cidade de Iorque, onde há um rio muito largo, cheio de navios que entram e saem. Quando criança, passava a maior parte do tempo a olhar aquele rio de águas tão quietas, caminhando sem pressa para o mar lá longe. Como gostava de ver os navios em movimento, com velas branquinhas empurradas pelas brisas. Isso me fazia sonhar as terras estranhas donde eles vinham e as maravilhosas aventuras acontecidas em alto mar. Eu queria ser marinheiro. Nenhuma vida me parecia melhor que navegando sempre, e lidando com as tempestades. Minha mãe ficou muito triste quando declarei que seria marinheiro, ou não seria nada. A vida de marinheiro é dura: Há muitos perigos no mar, tantas tempestades. terríveis peixes de dentes de serra que me comeriam vivo se eu caísse na água. Não ouvi os seus conselhos, Quando fiz 18 anos, fugi de casa, engajei-me num navio. MINHA PRIMEIRA VIAGEM Uma noite o vento soprou tão forte, que o navio era jogado de um lado para outro como se fosse casca de noz, Toda a noite o vendaval soprou e nos judiou. Fiquei tão amedrontado que não sabia o que fazer. Era impossível que o navio não fosse ao fundo. Se escapo desta- disse comigo, outra não me pilha. Chega de ser marinheiro. Só quero agora uma coisa: Voltar para casa. Na manha seguinte o sol apareceu, o céu se fez todo azul e o mar parecia um carneirinho, de tão manso. O tempo continuou firme e meu medo foi desaparecendo. Essa minha viagem durou pouco, pois o navio só foi a Londres. Meu desejo de fazer longas viagens e conhecer o mundo inteiro, tornou-se mais forte do que nunca. MAIS UMA VIAGEM O NAUFRÁGIO Uma violenta tempestade veio de sudoeste. Nunca vi tempestade mais furiosa. Dias e dias fomos arrestados para o mar afora, esperando a todo momento um fim terrível. A tempestade crescia de violência. No décimo terceiro dia, pela manhã, um marinheiro gritou: Terra á vista Corri ao convés para ver, mas justamente nesse momento, o navio bateu num banco de areia e ficou imóvel. Estava encalhado. MINHA PRIMEIRA NOITE MEU PRIMEIRO AMANHECER FAÇO UMA JANGADA DESCUBRO QUE ESTOU NUMA ILHA. O sol ainda estava alto e eu cansadíssimo. Esvaziei os caixões e com eles e as tábuas da jangada mais os panos das velas, fiz uma tosca habitação onde me meti. Por meia hora ainda estive de olhos abertos e por fim ferrei no sono. Li perto havia um morro alto onde eu pudesse ver longe. Pus a espingarda no ombro, o facão na cinta e galguei o alto do morro. Que vista maravilhosa! Verifiquei que a ilha era muito grande3. Não vi sinal de vida. A idéia de que estava sozinho numa ilha desabitada, deixou-me triste. O sol já ia desaparecendo quando voltei para minha tosca habitação. APARECE-ME UMA VISITA E DESCUBRO MAIS COISAS. Quando acordei, dei com um gato em cima de uma das caixas. Tirei um pedaço de bolacha do meu bolso e joguei-o para o bichinho que o devorou tal a fome que tinha. descobri que na ilha também tinha cabritos e logo e logo pensei que não ficaria sem carne e leite, para ajudar no meu sustento. Nessa noite choveu e ventou muito. Deitei-me e nessa noite inteira, a tempestade rugiu lá fora. De repente a chuva serenou e como sempre o meu primeiro olhar, foi para o navio, a ver se continuava no mesmo lugar. Não existia o menor sinal do navio. A tempestade o havia destruído durante a noite. Comecei a me preocupar com as feras. Também tinha receio de que me aparecesse índios ferozes ou canibais. Era preciso prevenir-me contra esses perigos. Para tal, o bom seria construir um pequeno forte que me servisse de morada. Procurei um lugar ideal na chapada de um monte. Primeiro risquei no chão um cercado. Depois cotei madeira e fui fincando postes bem juntos para cercar. Depois trancei as estacas com as cordas trazidas do navio. Não fiz portas, para entrar ou sair. Fiz uma pequena escada, que depois de servir para subir, era mudada para o outro lado e servia para descer. Ali dentro, guardei os meus ricos salvados. RIMEIRA CAÇADA Por esse tempo, fazia já 10 meses que eu estava naquele lugar deserto, e apesar disso só lhe conhecia pequena parte. Certa manhã pus a espingarda no ombro e sai em exploração. Segui pelo pequeno rio de águas claras. Ao longo desse riacho, lado a lado vi lindas várzeas cobertas de capim alto. Nessas várzeas, encontrei muitos pés de fumo, crescendo como planta selvagem. Encontrei varias mudas de cana de açúcar e muitas outras plantas desconhecidas. No dia seguinte fiz o mesmo caminho, indo porem muito mais longe. Cheguei a uma floresta onde encontrei varias qualidades de frutas. Entre elas uvas. Colhi numerosos cachos que pendiam maduros para coloca-los ao sol para secar. Obtive ótimas passas. A noite me alcançou no mato e, em vez de voltar ao castelo, resolvi dormir no mato. No dia seguinte alcancei um ponto onde o terreno virava encosta desse morro. Tão fresco ali, tão lindo e verde que tive a impressão de estar num jardim. De volta pulei de contentamento, ao ver uma enorme tartaruga entre as pedras. Isso representava para mim, bastante comida. Ao jantar, tartaruga cosida, sopa de tartaruga, ou ovos de tartaruga. PREPARANDO-SE PARA O INVERNO Um dia antes de começarem as chuvas, ao arrumar as minhas coisas, dei com o saquinho de sementes trazido de bordo, completamente vazio. Os ratos haviam dado cabo dele, só deixaram no fundo umas pitadas de farelo. Fui sacudi-lo fora. Um mês depois, notei que no lugar onde sacudira o saquinho, estava crescendo uns pés de uma erva diferente das outras naturais dali. Tomei cuidado para que crescesse em paz. Cresceu até a minha cintura. E deitou cachos. Só então percebi que era trigo. A colheita ia ser de 12 espigas que me forneceriam os grãos necessários para iniciar a cultura de trigo na ilha. Tinha acontecido lá uma coisa curiosa. Os paus que fiz a cerca eram verdes e, em vez de secarem, criaram raízes e brotaram. Pude guiar os brotos para o centro do cercado e amarra-los num poste alto que lá finquei. Desse modo, consegui um caramanchão, bem lindo que ficou um verdadeiro ninho de verdura. Que prazer nos dias da estação seca. UMA LONGA VIAGEM PELA ILHA Sempre tive idéia de conhecer a ilha toda. Um dia chegou a vez. Espingarda no ombro, facão na cintura, um sortimento de passas e biscoitos na sacola. Andei bastante e vi ao longe terras, a umas cinqüentas milhas de distancia Se era uma outra ilha ou terras do continente americano, não podia saber. Achei aquele lado da ilha mais bonito que o outro. Campos abertos, cheios de flores. Também cheios de florestas com lindas árvores. Vi um papagaio tagarelando no arvoredo e pensei de pegar um para enfeite do castelo. Tive trabalho, mas apanhei um filhote para apreender a falar. Esse papagaio custou um pouco a falar, por fim aprendeu a pronunciar o meu nome com perfeição. Havia lá muitas aves, algumas que nunca tinha visto. Havia também coelhos. Nessa demorada excursão viajei sem pressa ao redor da ilha. Nas praias passeavam muitas tartarugas e uma infinidade de aves marinhas. As vezes, comia um pombo assado. Outras, um suculento naco de tartaruga ou uma perna de cabrito. Pescava em cima das pedras com caniço improvisado que fabriquei. Frutos do mar, tais como camarão, ostras e mariscos, tinha-os em quantidade e facilidade de os obter. PRIMEIRA COLHEITA Foi grande o meu prazer de regressar ao castelo. Bastante cansado, fiquei sem sair durante uma semana. Enquanto descansava, construía a gaiola do papagaio que batizei com o nome de Pol. Ficou mansinho e muito meu camarada. A plantação de trigo ia indo muito bem. Assim que as espigas começaram a granar vieram os pássaros. Matei 3 a tiro. Foi um santo remédio porque desapareceram. Quando o trigo amadureceu, surgiu o problema de como colhe-lo. Lembrei-me da velha espada do capitão. Amolei-a e serviu muito bem. colhi as espigas e debulhei. Vocês já pensaram em quanta coisa é preciso para se fazer o pão? Eu pensei e sei o que é semear o grão, depois colher, debulhar, moer, peneirar, amassar e assar. Para a fabricação do pão, fez-me pensar que o castelo andava muito pobre de vasilhas. Lembrei-me da argila. Encontrei uma boa jazida de argila. Toca a extrair argila e amassa-la. Era preciso dar forma ao barro. Fiz isso com as mãos. Ficaram horrendas, as minhas vasilhas. Quebravam-se atoa Fiz algumas, amontoe-as e cobri com uma grande pilha de lenha. Pus fogo e deixei-a até ficar reduzida a cinzas. O resultado, foi excelente. Obtive vasilhas tão boas, como as melhores da Inglaterra. Embora feias, minhas vasilhas e panelas não racharam ao fogo e resistiam a ação da água. No dia dessa grande vitória, jantei uma deliciosa sopa de tartaruga. VIRO PADEIRO FAÇO UMA GRANDE CANOA Queria escapar daquela solidão, queria ver gente, estava cheio de saudades de minha terra natal e de meus amigos. Eu era um rei naquela ilha. Tinha todas as comodidades. Abundância de alimentos, água pura, ar saudável..... O resultado dessas cogitações foi o de construir uma canoa resistente ao alto mar. Na floresta encontrei madeira apropriada. Um tronco de cedro. Era um madeiro de oito palmos de diâmetro. Duas semanas levei, derrubando esse pau. Depois comecei a escava-lo. Durante três meses, não fiz outra coisa. Quando terminei o serviço, senti-me orgulhoso. Tudo foi muito bem até ali. As dificuldades apareceram depois. Como levar a canoa ao mar! Tentei todos os meios, sem conseguir mover de um dedo a canoa. Que estúpido havia sido! Quem tem juízo, primeiro olha a largura do valo antes de pular. Errei, e pagava o meu erro. MEU GUARDA SOL O tempo ia passando e com ele as coisas trazidas do navio, também iam-se acabando. Os biscoitos, duraram apenas um ano, comendo um por dia, como já falei. As minhas roupas começaram a virar trapo. Havia a compensação de que o clima era tropical. Tive que recorrer as peles dos animais. Fiz um gorro. Com o bom resultado, veio a idéia de fazer mais coisas e vira e mexe acabei fazendo um terno inteiro. Depois me veio a idéia de fazer um guarda sol, objeto muito usado no Brasil, terra de sol quente, muito mais seria ali, onde o sol queima como fogo. Comecei a fazer um. Custou-me um bocado. Não saiu guarda sol de abrir e fechar. Era fixo, sempre aberto. Trabalhei nele como quem se diverte em fazer um brinquedo. Foi de grande proveito, permitindo-me sair do castelo com qualquer tempo. Cinco anos já se haviam passado. Durante todo esse tempo, nunca estive ocioso. Procurava sempre me ocupar de qualquer coisa. Único meio de enganar a solidão. De manhã, lia passagens da Bíblia, depois cuidava do almoço e, embora falhasse a primeira tentativa, continuava dentro de minha cabeça, mais viva do que nunca, a idéia da construção da canoa. UMA VOZ HUMANA Meu primeiro movimento ao pisar em terra firme, foi render graças a Deus. Depois deitei-me na relva para descansar. Estava tão fatigado que dormi imediatamente só acordando no dia seguinte. O mar havia me deixado doente. Assim de guarda sol aberto lá me fui na direção do meu castelo. Cheguei já noite e deitei-me para dormir. De repente ouvi dentro da escuridão uma voz dizer claramente: Robnson Crusoe! Robnson Crusoe! Será sonho? Pensei arregalando os olhos. Não era. Ouvi novamente, bem claro. Pus-me de pé num salto. Mas vi logo o que era. Vi o vulto do meu papagaio, num pau rente ao meu ombro. Fi-lo pousar no meu dedo, como era seu costume e aproximei-o de mim. Deu-me bicadas amigas na mão sempre repetindo o meu nome. Fiquei convencido de que o papagaio, tinha amor por mim. SINTO-ME FELIZ COMO UM REI Farto de aventuras, deixei-me ficar no castelo com os meus amigos. O papagaio, o gato, as cabras e cabritos. Era um rei num reino sem súditos. Se alguém me visse, haveria de rir-se, se é que não sentisse medo. Um gorro muito sem jeito na cabeça, colete e calças largas de peles e um esquisito par de sandálias de couro nos pés amarradas com correias. Ao redor da cintura um largo cinto de couro. A espingarda, e sempre um saco de coisas ao ombro. É que a lembrança do naufrágio, estava sempre presente na minha lembrança. SINAIS NA AREIA Certa manhã, sai de casa muito cedo para ceifar o meu trigo. Fazia tanto calor nessa estação que eu só trabalhava pelas manhãs. Em meio do trajeto parei, surpreso. Havia visto ao longe a luz de uma fogueira. Quem teria acendido o fogo? Só poderia ter sido os selvagens. Fiquei imóvel a olhar. Trepei ao topo, levando comigo os óculos de alcance, que tinha desde o naufrágio. Lá de cima deitei-me e pus-me a sondar ao longe através da luneta. Vários selvagens nus estavam sentados em redor de um pequeno fogo. Contei cinco. Aquele fogo não seria para se aquecerem visto não estar fazendo frio. Logo estavam assando qualquer coisa, talvez carne humana, já que eram canibais. Assim que se foram, corri a outro ponto mais alto, para ver a direção que levava a canoa deles. Acompanhei as canoas, até perde-las de vista. Depois fui ter ao lugar do banquete. Horrendo quadro chocou meus olhos. A areia estava coberta de sangue e ossos, Não havia dúvida que tinham matado algum prisioneiro e devorado sua carne. Desde essa época não mais me senti seguro na ilha. Deixei de caçar com espingarda e de fazer fogo. Também encurtei muito os meus passeios. De dia só pensava em um meio de escapar aos selvagens e de noite sonhava horríveis sonhos, cheios de cenas de canibalismo. Fiquei tão assustado, que resolvi fazer uma trincheira, em cima daquele morro, pois era estratégico aquele lugar. Dava uma ampla visão da praia, do mar e de tudo lá em baixo. Levei as duas espingardas carregadas e passava horas e horas na observação daquele vista. Parecia ver novamente aquela cena anterior, onde aqueles índios, haviam feito uma fogueira e assado com certeza algum inimigo. Via também por lembrança, aquelas três canoas que os haviam trazido. Sentia repugnância, ao lembrar aquele sangue e ossos na praia. Assim passei nessa observação, por muitos dias. Levava o que comer e água e só saia quando chegava o anoitecer. Mas não os vi mais. Com certeza, eram de outra ilha e só ali estiveram, para o macabro churrasco. SEXTA FEIRA Está claro que o pobre, não entendeu a linguagem e meus gestos. Mas não havia tempo a perder. Os índios que o perseguiam desistirão de atravessar a nado o rio que nessa época, estava muito cheio devido as fortes chuvas. Livre dos índios, ali estava o fugitivo, olhando-me com os olhos esbugalhados. Chamei por ele:- Venha cá, amigo. Não farei mal algum a você. Como não entendesse, traduzi essas palavras em gestos. Ele caminhou alguns passos em mina direção e parou indeciso. Fiz outro sinal, e ele caminhou mais uns passos e parou. Tremia como geleia. Receava que o matasse. Mas meus gestos foram convencendo-o que não estava diante de um inimigo. E por fim chegou-se. Ajoelho-se aos meus pés, curvando a cabeça até encosta-la no chão. Era uma maneira de jurar-me submissão para sempre. Falei-lhe mansamente, com tom amigo. Estava enfim livre de minha solidão de 25 anos. MEU AMIGO SEXTA FEIRA SEXTA FEIRA APRENDE MUITAS COISAS Alguns dias depois, levei Sexta Feira, a caça e a pesca. Ao chegar em certo ponto, dei com vários cabritos selvagens, descansando a sombra de uma árvore. Fiz sinal de alto, e tomando a espingarda, apontei e.... púm... Matei um dos cabritos e meu índio quase morreu de susto. Assim que Sexta Feira percebeu o que havia acontecido, foi correndo buscar a caça. Mais adiante dei com um peru e púm... A ave caiu. Sexta Feira, olhava para a ave e tremia. Estava assombrado. Levou o cabrito para o castelo e tirou-lhe a pele e esquartejou o animal. Fiz um ensopado para o jantar, que para o índio só tinha um defeito, O sal. Sexta Feira nunca pode acostumar-se ao sal. Ensinei-lhe como debulhar as espigas de trigo e como moer os grãos. Depois ensinei-lhe a fazer pão e a enfornar a massa. Ficou tão perito, que tomou conta da padaria. Expliquei-lhe um dia, o manejo da espingarda, como se carregava, como a pólvora, como a bala saia do cano. Contei dos grandes países do outro lado do mar. E também contei toda a minha história. Disse que eu havia vindo de um desses navios o qual, batendo em uma grande pedra, afundara. Contei-lhe de minha canoa. O índio quis vê-la. Levei-o para o sitio onde estava a canoa grande que eu não pudera arrastar até o mar. Mas estava podre, pois faziam já muitos anos que eu a fizera. Eram 25 anos que eu ali estava e mais 2 que havia encontrado o índio. Esses dois anos, foram os mais felizes de minha estadia na ilha. Que me faltava? Tinha até com quem conversar! Porque então essa idéia de deixar a ilha? Saudades, saudades da família e do meu povo. Apesar disso, continuei como sempre, a fazer as plantações a cuidar de tudo como se estivesse que ficar na ilha o tempo todo, a vida inteira. Nisto chegou a estação das águas. Demos por findos os trabalhos do campo e guardamos a canoa na praia do rio. Também a cobrimos com achas de madeira, de modo que as águas da chuva não as enchessem. Passamos a estação das chuvas no castelo. De manhã eu lia passagens da Bíblia procurando interessar Sexta Feira. Falei-lhe um dia do Criador. Perguntei quem havia feito o mar, as estreles, os rios, as montanhas e as flores, tudo enfim. Respondeu-me que foi o grande Ser, que vivia para além de tudo o que existe. Creio que ele não poderia dar melhor resposta. Tenho que pular, muitas coisas que aconteceram nestes últimos tempos, para que esta história não fique demasiadamente longa. Vou apenas contar o grande acontecimento que se deu, para encerrar a fase de minha vida na ilha. Foi assim. Eu ainda estava dormindo. Quando fui despertado pelos gritos de Sexta Feira lá fora. _Master, Master! Um navio, um navio! Pulei da cama como um relâmpago. E pela primeira vez sai sem me lembrar da espingarda. De feto. A três milhas da costa, avistei um bote que rumava para a ilha. Aproximava-se rápido. Trazido por uma vela em forma de presunto. Não podia ser embarcação de índio. Desci ao castelo e disse a Sexta Feira que ficasse em casa quieto, até verificarmos se eram amigos ou não. Parecia navio inglês. O bote ia chegando a praia. Pude ver seus homens distintamente. Eram ingleses, sem dúvida. ROUPAS NOVAS Por felicidade, minha fazenda no Brasil prosperara. Um homem que lá deixei tomando conta, tinha cultivado muito fumo e ganho muito dinheiro. Era um homem honesto. Assim que soube que eu estava vivo, escreveu-me uma carta comprida, dando conta de tudo. Também me remeteu uma vultuosa soma em dinheiro, o que muito me contentou. Estava rico, pois se quisesse passaria o resto de minha vida na ociosidade. Mas a ociosidade, me era odiosa. Pus-me a viajar, a ver mais o mundo- e novas e extraordinárias aventuras se sucederam. Essas porem não cabem num livro que está no FIM. FIM Voltar |
Blogue dedicado ao apoio da disciplina de Língua Portuguesa do 8º ano da Escola Padre Alberto Neto - Queluz
domingo, 29 de janeiro de 2012
ROBINSON CRUSOE (Daniel Defoe) Adaptação de Monteiro Lobato para o Ano Internacional da Criança
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